Ministério Público pede ação contra André Valadão por homofobia
Na ocasião, Valadão foi questionado se permitiria que dois homossexuais permanecessem na igreja como casal.
“Eles podem ir a um clube gay ou algo assim, mas na igreja não funciona. Essa prática não se encaixa na vida da igreja. Há muitos lugares onde os gays podem viver sem nenhum tipo de constrangimento, mas a igreja é um lugar para quem deseja viver os princípios bíblicos “, respondeu o pastor.
Duas entidades – ABMLBT (Associação Brasileira de Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e GADvS (Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero) – entraram com pedido, em 29 de setembro, de instauração de processo criminal contra o pastor, por homofobia, que desde o ano passado, por decisão do STF, está prevista como crime pela Lei Antirracismo (7.717 / 1989).
As entidades que apresentaram o pedido afirmam que André Valadão “reafirmou um cenário de subjugação, inferioridade, desumanização e exclusão dessas pessoas [LGBTQIA +] em ambientes religiosos, fazendo um discurso de intolerância”.
Reino de Deus e mudança de vida
Depois que sua resposta gerou polêmica em setembro, André Valadão pregou em sua igreja, Lagoinha Orlando, sobre o pecado e explicou que, embora o Reino de Deus não exija que o ser humano seja perfeito, exige que as pessoas busquem uma mudança de vida.
“A Igreja Cristã fala do pecado, mas não aponta o pecado. Cantamos sobre a graça, mas e a graça? A graça que nos aceita e nos perdoa. Mas a questão é que interpretamos o pecado à nossa maneira, porque a igreja, eu me incluo nela, a Igreja de Cristo não disse o que é pecado “, disse ele. “O reino de Deus é para quem quer mudar de vida”.